PEPA
Quando a encontramos na rua, ela ainda era um filhote com pelos ralos por causa do excesso de pulgas. Dois anos depois, ela teve seu primeiro ataque epilético e assim, ocorreu ano após ano. Veterinários optaram pela eutanásia, mas eu, veemente, recusei porque havia dias sem crise e ela comia bem, dormia bem, me reconhecia abanando o rabo que mais lembrava uma guirlanda de natal... Não dei o sopro da vida, não tinha o direito de tirá-la!
Os anos foram passando e diversos tratamentos foram empregados, mas nenhum que fosse satisfatório. Eu sempre me perguntando se estava fazendo o que era certo, se eu tinha o direito de prolongar o sofrimento dela, se não estava sendo egoísta, mas bastava eu olhar para aqueles olhinhos escuros e me convencer que o que eu fazia era pouco por uma criatura tão inocente e amorosa.
No último dia 21/01/22 ela se foi aos quinze anos de idade. Ela descansou de um corpo que não funcionava bem e sei que agora está com os anjos que cuidarão dela pra mim, como tanto peço em minhas orações.
Mas eu, não sinto que me livrei de um problema! A Pepa não era um problema, a Pepa era minha cadela, minha companheira, um presente, um teste de paciência. Sinto que cumpri com mais uma missão, mas também sinto que não a cumpri com a perfeição que queria, pois não sou perfeita.
Não importa quantas vidas passem por mim, seja bicho ou gente, o que importa mesmo é que todos foram e sempre serão muito especiais, únicos e inesquecíveis.
Que DEUS esteja com todos eles. Amém e amém.
PEPA <2007 a 2022>
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