DOURADO
E meu Dourado se foi.Achei que ele seria eterno. Não corria riscos, não tinha contato nas ruas… sempre seguro em casa. 14 anos, um menino ainda, meu gato, gaaatooo… Quando ele se acidentou no canil teve de ficar quase 1 ano em espaço menor pra não prejudicar mais. Quando pude deixar ele a vontade, andava meio torto, mas andava. Não tinha limites, sempre gostou de ser livre. Por todo esse tempo eu tive de privar meu gato dos nossos passeios porque ele não conseguia subir morros. Era implicante, ranzinza. Autoritário. Nesses 14 anos a única oportunidade de pegar ele no colo foi no dia de enterra-lo, porque ele era bem bravo e mordia. Eu fazia massagem na orelha porque ele não conseguia se coçar sozinho. Ele amava! Aos sábados quando colocava ele no quarto dele, pra não tentar acompanhar a gente no passeio eu sempre fazia massagem e falava “me perdoa não te levar com a gente, de verdade. Um dia se Deus quiser você vai. Te prometo” . Não tive tempo. Não aqui. Vivo tentando ser boa o suficiente pra merecer só uns minutos com eles no céu dos cães, pra cumprir minhas promessas a cada um deles. É difícil ser bom, até porque tantas vezes eu não sou boa nem com eles… lamento minhas falhas, luto pra melhorar por eles. De coração, só quero cumprir minhas promessas. Que Deus me permita. Te amo cara, de novo, perdoa os meus erros. Falhei.
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